segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

GIOVANNA E AGOSTINO FIORESE: UMA HISTÓRIA DE AMOR QUE NASCE NA ITÁLIA E ENFRENTA A "MÉRICA"

Região do Vêneto, norte da Itália, final do século XVIII, um jovem, loiro, de olhos cinzas, e com estatura mediana, recém saido do exército, se vê em uma sociedade que atravessa uma grande crise. O seu querido país vive um período onde falta oportunidade para pequenos agricultores, pois a industrialização da sua região é realidade. 
Porém, aquele jovem aspira dias melhores. Aquele jovem, que havia aprendido com seu pai Celeste e com sua mãe Giovanna a plantar e a colher, deixou nascer dentro de si o desejo de formar uma família e de conquistar novos mundos. Agostino Fiorese é o protagonista desta história.
Aos 26 anos, Agostino se vê encantado pela jovem Giovanna Zen. Giovanna, 20 anos, vivia com seus pais na pequena vila de Pove del Grappa, até que um dia os olhos de ambos cruzaram-se e o desejo de formar uma  família uniu o jovem casal. 
Agostino, cheio de coragem, pede a mão de Giovanna para os pais Agostino Zen e Angela Bertapelle, e com a aprovação dos pais os dois começam a fazer planos e a preparar o casamento.
Em 1879, a pequena vila de Pove del Grappa, foi palco da união do jovem casal (confira abaixo a transcrição do registro do casamento). 
 Pove del Grappa atualmente tem cerca de 3 mil habitantes, de acordo com o site da comune, e localiza-se a 3,4 quilômetros de Bassano del Grappa, conforme tuttitalia.it.

Após o casamento os dois passaram a morar em Pove, como era carinhosamente chamado o vilarejo, próximo aos pais de Giovanna. No entanto, logo Agostino e Giovanna mudaram para a cidade de Bassano del Grappa, não muito distante de Pove. 
E foi em Bassano que a família começou a crescer. Para coroar o amor de Agostino e Giovanna, passado um ano, nasce o primogênito e a este é dado o nome de Celeste, como o avô, pai de Agostino. 
O sustento da família, mesmo em tempos difíceis, vem do cultivo da terra. Celeste fazia a alegria dos seus pais, mas logo é promovido a irmão mais velho, pois a família voltou a crescer. Dois anos depois, nascia o segundo filho do casal, Ambrogio.  Mais um menino para coroar o amor do casal.
Com a família maior e com o país não apresentando sinais de melhora, chega aos ouvidos do casal uma palavra que renova as esperanças: "Mérica". As notícias eram bem animadoras. O governo de um país chamado "Brasile", que ficava na América, oferecia grandes oportunidades para os italianos. Diziam que até terra davam.
E foi então que Agostino providenciou a partida da sua família para o Brasil. Agostino, Giovanna, e os filhos, Celeste e Ambrogio, traziam na bagagem o sonho de um futuro melhor neste novo país, chamado "Brasile", e junto com outros tantos italianos, a família dividiu esperanças no balanço do Atlântico. 
Esta história continua além mar...com Angela, Pedro e José ...os novos membros da família de Agostino.


     
Casamento Civil de Agostino e Giovanna
Traduzido para o Português

No ano de 1879, no dia 09 de Novembro, às 11:45 horas, casou-se Fiorese Agostino, de 27 anos, camponês, que é natural de Sant'Eusebio de Bassano. e residente neste lugar, filho do já falecido Fiorese Celestino, residente em Sant'Eusebio, e filho da já falecida Tomasi Giovanna, com Zen Giovanna, 21 anos, camponesa, que é natural de Pove, residente no mesmo lugar, filha de Agostino, que reside em Pove, e de Bertapelle Angela, residente em Pove. Teve como testemunhas, Caffi Francesco, escritor, e Zen Pietro, camponês. Os dois residem em Pove.

          Sindaco de Pove: Alberton Gaetano

Sindaco de Bassano: Compostella Cavaliere Dr. Francesco

Observações:
O casamento foi transcrito no livro de Bassano del Grappa e encontra-se no Arquivo Nacional da referida cidade.
É comum nos documentos italianos o sobrenome nos registros anteceder o nome.
Sindaco é uma palavra italiana que significa prefeito, assim como comune significa prefeitura.
Sabe-se as características físicas de Agostino Fiorese, como cor do cabelo, cor dos olhos e estatura, porque a mesma é descrita no seu registro militar, encontrado no Arquivo Militar.

POLENTA: "O PRATO DOS POBRES" QUE VIROU MÚSICA

           Um dos mais famosos pratos da culinária italiana é sem dúvida a polenta. Tanto é que este prato mereceu até uma música "La bella polenta", de autoria desconhecida, é um canto popular do Vêneto. Até nos dias atuais os descendentes de italianos cantam a música.

Música: La bella Polenta
Video divulgado no Youtube

           A música é alegre e faz uma homenagem a um prato muito difundido entre os descendentes de italianos no Brasil. Porém, para os italianos (os residentes na Itália) a polenta não traz boas recordações, uma vez que esta remete a um tempo não muito feliz na Itália. A polenta é conhecida na Itália como sendo "o prato dos pobres".

           A polenta era o principal prato, e talvez o único, na casa de muitos italianos no século XVIII e meados do século XIX. A polenta, feita de farinha de milho, não continha as propriedades nutricionais suficientes para manter a saúde de uma pessoa, por este motivo ela não evitava que muitos italianos adoecessem. 

Polenta
Fonte: ricette.giallozafferano.it/Polenta.html

       Com a crise na Itália a emigração tornou-se um grande fenômeno social. Os italianos começaram a emigrar e a emigrar. Levaram sua cultura e sua culinária para outras partes do mundo, sobretudo para as Américas. E é claro que a POLENTA também veio e hoje está na mesa de muitos descendentes e não descendentes. E nos dias de hoje, por aqui, a polenta é muito bem aceita. Dá até vontade de cantar...




La bella polenta

Quando si pianta la bela polenta,
la bela polenta si pianta così,
si pianta così, si pianta così.
Bela polenta così.
Cia cia pum, cia cia pum.
Cia cia pum, cia cia pum.

Quando la cresce la bela polenta,
la bela polenta la cresce così,
si pianta così, la cresce così.
Bela polenta così.
Cia cia pum, cia cia pum,
Cia cia pum, cia cia pum.

Quando fiorisce la bela polenta,
la bela polenta fiorisce così,
si pianta così, la cresce così,
fiorisce così.
Bela polenta così.
Cia cia pum, cia cia pum,
Cia cia pum, cia cia pum.

Quando si smissia la bela polenta,
la bela polenta si smissia così,
si pianta così, la cresce così,
fiorisce così, si smissia così.
Bela polenta così.
Cia cia pum, cia cia pum,
Cia cia pum, cia cia pum.

Quando si taia la bela polenta,
la bela polenta si taia così,
si pianta così, la cresce così,
fiorisce così, si smissia così,
si taia così.
Bela polenta così.
Cia cia pum, cia cia pum,
Cia cia pum, cia cia pum.

Quando si mangia la bela polenta,
la bela polenta si mangia così,
si pianta così, la cresce così,
fiorisce così, si smissia così,
si taia così, si mangia così.
Bela polenta così.
Cia cia pum, cia cia pum,
Cia cia pum, cia cia pum.

Quando si gusta la bela polenta,
la bela polenta si gusta così,
si pianta così, la cresce così,
fiorisce così, si smissia così,
si taia così, si mangia così,
si gusta così.
Bela polenta così.
Cia cia pum, cia cia pum,
Cia cia pum, cia cia pum.

Quando fenisce la bela polenta,
la bela polenta fenisce così,
si pianta così, la cresce così,
fiorisce così, si smiscia così,
si taia così, si mangia così,
si gusta così, fenisce così.
Bela polenta così.
Cia cia pum, cia cia pum,

Cia cia pum, cia cia pum.

             Agora você pode ensaiar a música La bella polenta e nos convidar para comer uma polenta na sua casa. Que tal?

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

DUAS CURIOSIDADES SOBRE A ITÁLIA DOS NOSSOS ANTEPASSADOS



Fonte: www.comune.villadadda.bg.it
1. No Vêneto, antes de 1871, o registro (nascimento e casamento) era responsabilidade da igreja. Depois desta data passa a ser feito pelas autoridades civis, através do Stato Civile, Anagrafe (Comune)
2. Era comum o Sindaco, no caso o prefeito, participar das cerimônias civis. Na época do casamento, em 1879, de Agostino Fiorese e Giovanna Zen, por exemplo, os "Sindacos" de Pove del Grappa e de Bassano del Grappa se fizeram presentes. Podemos constatar isso, ao analisarmos o registro civil do casamento dos dois (o qual será transcrito neste Blog em um próximo post).

Observação:
Sindaco = Prefeito
Comune = Prefeitura 

BRASÃO DE ARMAS CONCEDIDO À FAMÍLIA

Brasão da Família Fioresi

A descrição do Brasão de Armas:

    Nos quadrantes azuis, primeiro e quarto, tem uma paisagem de rocha, adequada a um veado galopante, que na primeira a imagem é revertida. 
      Nos quadrantes segundo e terceiro, os quais estão  em vermelho, tem uma pomba prateada, pronta para o vôo, sendo que a primeira imagem também é revertida.


Crista (bem no alto): Entre duas trombas de elefante em prata e em vermelho, e a pele de marta prateada (ou pele de zibelina), um guerreiro com armadura  de viseira levantada, segura em cada mão duas lanças prateadas colocadas em punho.

Observação: Informações traduzidas do Histórico Resumido do Sobrenome e do Brasão (Projeto Imigrantes)


Ora, Bolzano, Trentino Alto Ádige, norte da Itália.
Tem cerca de 3.600 habitantes.
Fonte: Site da "Comune di Ora"



Brasão de Armas foi concedido para a família FIORESI, da cidade de Ora (Auer nome da cidade em alemão, ou tedesco, como os italianos falam), localizada na província de Bolzano, região de Trentino Alto Ádige, norte da Itália. 




Outras informações:

      Brasão de armas, na tradição europeia medieval, segundo o Wikipedia, é um desenho especificamente criado - obedecendo às leis da heráldica, com a finalidade de identificar indivíduos, famílias, cidades, nações, e etc. Os brasões não eram fornecidos ao acaso para as pessoas. Pessoas que tiveram as suas origens em atos de coragem e bravura efetuados por grandes cavaleiros. Era uma maneira de homenagear as famílias. Com o passar do tempo, como era um ícone de status, passou a ser conferido somente para as famílias nobres no intuito de identificar o grau social delas, assim sendo, somente os heróis ou a nobreza possuíam tal ícone e poderiam transmitir para os seus descendentes. 
          Título de nobreza e brasões de famílias não são reconhecidos atualmente pelo Governo da República Italiana, mas o seu uso não é ilegal.
           
Marta ou Zibelina


             Na descrição do Brasão menciona-se o animal marta ou zibelina. Este animal é um carnívero de pele muito apreciada, de acordo com o Wikipedia. Vive em lugares rochosos e arborizados. 


Marta Foina
Fonte: fciencias


quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

FIORESE: UMA DAS BELEZAS DA NATUREZA INSPIRA A ORIGEM DO SOBRENOME

Ponte de Bassano del Grappa / Autora da foto: Diana Cimino Cocco

                    
          O nome de família italiano Fiorese é classificado como sendo de origem de um nome pessoal. Segundo os estudiosos é o “mais antigo e mais difundido tipo de sobrenome que deriva de um nome dado”. Cada nome de família pode ser derivado de um primeiro nome ou a partir do nome da fonte do avô ou mesmo de um antecessor mais remoto portador original do sobrenome. Em particular, o sobrenome Fiorese deriva do nome pessoal Fiore, derivado de um termo latim “Flos Floris”, que significa “flor”. Contudo, segundo o autor Emidio De Felice, o nome Fiorese muito deriva também diretamente do italiano “Fiore”, que significa “Flor”.
          Uma das primeiras referências para este nome ou para uma variante é o registro de Adamo Fiorese, que é mencionado em documentos em Cismon del Grappa, Vicenza, em 1636. O nascimento de Domenico Fiorese, filho de Matteo Fiorese e Margarita Rizzon, em 26 de Setembro de 1751, no mesmo lugar mencionado acima, enquanto Nicola Fiorese, o filho de Domenico Fiorese e Antonia Martinatto, nasceu em Cismon del Grappa, em 20 de Maio de 1780. Também lemos o casamento de Matteo Fiorese e Maria Fiorese, o qual foi celebrado em Cismon del Grappa, em 28 de Novembro de 1862. A pesquisa é claro que continua e este nome pode ter sido documentado ainda mais cedo do que as datas indicadas acima. 

Observações: 
Informações traduzidas do Histórico Resumido do Sobrenome Fiorese (Projeto Imigrantes)


A grafia correta do sobrenome Fiorese é com "s". No Brasil, devido ao português, sofreu uma variação, e o "z" assumiu o lugar do "s". E como muitos italianos eram analfabetos, não corrigiam as certidões. Porém, a fonte é a mesma - Fiorese.

O Fioresi é uma grafia mais popular em regiões como Emilia Romagna e Lombardia. No Vêneto o Fiorese é o mais utilizado. Os Fioreses estão presentes em 121 municípios da Itália, e os Fioresi em 36 municípios, de acordo com gens.info. A origem é a mesma: Fiore (Flor).

OS FIORESES QUE FICARAM - A CRISE NA ITÁLIA SEPAROU FAMÍLIAS

Propaganda distribuida na Itália para atrair mão de obra para o Brasil
Fonte: benvenuticidadania.blogspot.com
            Mesmo com a fome, desemprego, e outros problemas sociais existentes na época, houve quem persistiu e acreditou na Itália. A crise em que o país passava, no final do século XVIII e meados do século XIX, foi a grande responsável por separar famílias.
Agostino Fiorese acreditou na propaganda espalhada pela Itália e se viu atraído pelo Brasil. Agostino, então, resolveu aventurar-se por dias melhores na América, porém sua escolha trouxe muitas consequências, a principal seria a de se distanciar "além mar" de seus parentes queridos.
              
            As pesquisas apontam que Celeste Fiorese e Giovanna Tomasi, tiveram um filho de nome Pietro Felice Fiorese, nascido em 1855, o qual seria irmão mais novo de Agostino Fiorese. A família de Pietro teria decidido continuar na Itália.

             Pietro também deu início a sua família aos "pés" do Monte Grappa. Ele casou-se aos 25 anos, com  Costantina Vivian, de 19 anos, no dia 13 de Janeiro de 1880. Três anos depois, nasce, no dia 28 de Dezembro, às 12:00 horas, o filho do casal de nome Celeste. Pietro e Costantina tiveram mais um filho, o qual se chamava Giovanni Fiorese, nascido em 05 de Maio de 1886. Dois anos depois o casal teve Giovanna Fiorese, a qual nasceu em 08 de Janeiro de 1888. E o último filho do casal que se tem registro, Antonio Fiorese,  nasceu em 21 de Abril de 1895.
              
         Celeste, filho de Pietro e sobrinho de Agostino,  casou-se com Giovanna Campagnolo, no dia 07 de Julho de 1908.
               
           Com estes dados constatamos que o sangue Fiorese circula na Itália, no Brasil e em outros tantos lugares deste mundo, passado tantos e tantos anos desde que o jovem Agostino veio se aventurar no Brasil.
         
             Tantos Fioreses que acreditaram e acreditam na Itália, ajudaram a construir um novo país. Um país muito diferente do que foi visto pelo seus filhos nos séculos passados, mas nem por isso esquecido por eles, pois estes levaram consigo a cultura, a culinária e a saudades dos seus entes queridos.

Fioreses presentes em 121 "Comuni" na Itália
Fonte: Gens.info



Observação: As informações foram retiradas dos Registros do Arquivo Nacional de Bassano del Grappa.

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

BASSANO DEL GRAPPA: UM LUGAR MARCADO PELO TEMPO E PELA HISTÓRIA

          O Monte Grappa, na província de Vicenza, Vêneto, traz em sua base as cidades que acolhem a história dos Fioreses. Foi em uma região lindíssima da Itália onde tudo começou para os "nossos heróis".

          Monte Grappa 
          (video publicado no Youtube)

             É em Bassano del Grappa, Cismon del Grappa, Pove del Grappa, entre outras tantas cidades aos "pés" do majestoso Monte Grappa, que a história da Família Fiorese vem sendo escrita desde os anos 1600.

            Bassano del Grappa, atualmente com cerca de 43 mil habitantes, é situada no coração do Vêneto. Conta a história que os Romanos conquistaram este território no II século a.C (de acordo com o site da Comune de Bassano). É neste lugar que nasceu, em 1852, Agostino Fiorese, na linda cidade as margens do Rio Brenta e aos "pés" do Monte Grappa. 

Imagens de Bassano del Grappa, a terra dos Fioreses
(video publicado no Youtube)

            Em Bassano há uma localidade conhecida por Sant'Eusebio, com aproximadamente 1.500 habitantes (segundo o site "italia.indettaglio.it"). Foi este o lugar que os Fioreses, como Agostino, escolheram para viver por muitos anos (ainda hoje há muitos negócios instalados nesta localidade os quais levam o sobrenome Fiorese). 

     Vista de Sant'Eusebio, Bassano del Grappa
            Foto: http://www.magicoveneto.it/

      Um lugar marcado pelo tempo e pela história, é aqui que encontramos a "Chiesa di Sant' Eusebio", a antiga igreja onde Ambrogio Fiorese foi batizado.

A igreja está desativada (abre somente em ocasiões especiais), uma vez que, em 1976, foi inaugurada uma nova igreja para a comunidade - porém a velha igrejinha ainda é majestosa e guarda a história dos italianos que por lá comungaram a sua fé.


 

         Igreja de Sant'Eusebio, Bassano del Grappa.
Local onde Ambrogio Fiorese foi batizado.
           Foto: http://www.magicoveneto.it/

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

A HISTÓRIA DOS DESCENDENTES DE AGOSTINO FIORESE: DA ITÁLIA AO BRASIL


Tudo começou na linda cidade de Bassano Del Grappa, aos pés do Monte Grappa e abastecidos pelo Rio Brenta, Província de Vicenza, na Região do Vêneto, norte da Itália. Neste lugar os Fioreses fizeram e continuam a fazer história.
Foto retirada: <http://www.formacco.com.br/blog/
inspiracao-bassano-del-grappa-na-italia.html> acesso: 14/01/2016 
 Em Bassano del Grappa o jovem Celeste Fiorese nasceu e cresceu. Mais tarde casou-se com Angela Tomasi e deste casamento nasceu em 05 de Maio de 1852, Agostino Fiorese, em Bassano del Grappa1.

Agostino Fiorese com sua segunda esposa Ana.
(arquivo da família)
Agostino Fiorese, era um homem loiro, de 1,68 de altura, olhos cinzas e como um bom patriota serviu o exército italiano por cinco anos (de 1873 à 1878; entrou com 21 e saiu com 26 anos)2. Após servir o exército achou que já era hora de casar e formar uma família. Conheceu então a jovem Giovanna Zen, (filha de Agostino Zen e Angela Bertapelle), que nasceu em Pove del Grappa, e com ela casou-se no dia 09 de novembro de 1879, em Pove del Grappa. Agostino então com 27 anos e Giovanna com 21 anos fixaram residência em Pove del Grappa3
 Na Itália nasceram dois de seus filhos, Celeste Fiorese, o primogênito, nome em homenagem ao seu avô paterno, nasceu em 20 de Outubro de 1880, em Bassano del Grappa e Agostino Ambrogio Fiorese, conhecido por Ambrogio (traduzido para o português ficou Ambrósio nas certidões), mais tarde por Nono Néi, nasceu em casa, em 08 de Julho de 1882, em Sant’ Eusebio, em Bassano del Grappa4
Ambrogio Fiorese.
(arquivo da família) 
Quando Ambrogio tinha dois anos de idade, Agostino resolveu tentar a vida do outro lado do Atlântico, no Brasil. A Itália, nesta época, passava por sérios problemas econômicos onde a fome fazia parte da vida de muitos italianos.
No Brasil, escolheu o Estado do Rio Grande do Sul para recomeçar, lá passou por muitas dificuldades, mas sem esquecer a velha pátria, sua tradição e sua cultura, a família cresceu e no Rio Grande do Sul nasceram os filhos:
Pietro Fiorese (Pedro), nascido em 1885; Angela Fiorese, nascida em 22 de Fevereiro de 1886, (certidão de batismo em Garibaldi); e Giuseppe Fiorese (José)5, nascido em 02 de Janeiro de 1895.6 Agostino manteve sua profissão de agricultor no Brasil. Viúvo casou-se com a italiana Giovanna Denna (Joanna - a qual teria nascido em 1861)7. Agostino Fiorese morreu aos 78 anos em Tapera, RS, no dia 18 de Fevereiro de 1930.
Agostino com os cinco filhos.
Da esquerda para Direita; Angela, Pedro, Celeste, Agostino, Ambrogio e José
(arquivo da família)

O segundo filho de Agostino, Agostino “AMBROGIO” Fiorese, nasceu em
Sant’ Eusebio, Bassano del Grappa, Itália, no dia 08 de Julho de 1882. Veio com cerca de 2 anos para o Brasil. No Rio Grande do Sul, Ambrogio casou-se com Josephina Rebellato (filha de Luigi Rebellato e Anastasia Baldissera), em 20 de abril de 1901, em Garibaldi, RS, ele com 19 anos e ela com 18 anos.
Família de Ambrogio com sua esposa Josephina Rebellatto.
(arquivo da família)
 Ambrogio teve 18 filhos. E após ficar viúvo casou-se com Anna Perin, conhecida como Nona Nuta, sendo que após alguns anos ele deixou Anna no Rio Grande do Sul. Ambrogio morreu aos 77 anos de idade, aos 21 de dezembro de 1959, em Santa Lúcia, Palmitos, no Estado de Santa Catarina, na casa de seu filho, Armelindo Fiorese (Nono Êse). Ambrogio, ou nono Néi, como era carinhosamente chamado, deixou 18 filhos, sendo eles: Angelo, Joana, Amabili, João, Luis, Antônio, Maria, Gentilia, Anastasia, Armelindo, Zelinda (do primeiro casamento) e José, Mário, Fortunato, Francisco, Josefina, Assunta, Carmelinda (do segundo casamento).

1
Celeste e Angela tiveram outro filho, “Fiorese Pietro Felice”, o qual casou com “Vivian Constantina”, no
dia 28/12/1883.
2
Informações retiradas no registro militar de Agostino Fiorese encontrado no Arquivo Militar de
Vicenza.
3
No Vêneto, antes de 1871 os registros eram feitos nas Igrejas, só depois desta data é que passou a serem feitos no
“Stato Civile”.

4
Número do registro de nascimento de Ambrogio é o 299.
5
Giuseppe Fiorese, o José, é filho de Agostino com Joanna Denna.
6
Há indicios de que Agostinho teria partido para o Brasil antes de 1885.
7
Não se sabe em que ano Giovanna Zen morreu.

Observações: As fotos são do arquivo da família de Ambrogio Fiorese e a primeira foi retirada do Google<http://www.formacco.com.br/blog/inspiracao-bassano-del-grappa-na-italia.html

ENCONTRO DA FAMÍLIA FIORESE - Palmitos - SC

Convite da 1ª Festa da Família Fiorese, realizada em Palmitos, SC, 
no dia 16 de Janeiro de 2016.